ABSTRACT
O melanoma cervical primário é um diagnóstico raro e frequentemente desafiador, especialmente na presença de lesões amelanóticas, cuja confirmação deve ser feita por métodos imuno-histoquímicos. Apesar do tratamento agressivo, o prognóstico para essa doença costuma ser ruim. Relato do caso: Mulher, 79 anos, com histórico de sangramento vaginal decorrente de uma lesão cervical maligna. Inicialmente, a colposcopia revelou uma lesão ulcerada no exocérvix e a biópsia confirmou ser um tumor maligno. No entanto, após uma histerectomia abdominal radical, o exame histopatológico mostrou tratar-se de uma neoplasia maligna epitelioide, confirmada como um melanoma maligno do colo do útero por meio de exame imuno-histoquímico. A paciente recebeu quimioterapia adjuvante e radioterapia, mas eventualmente apresentou recorrência e veio a óbito. Conclusão: O presente relato avalia uma paciente com um diagnóstico incomum de melanoma cervical que, apesar do tratamento agressivo, teve um desfecho desfavorável. No entanto, uma vigilância cutânea minuciosa deve ser realizada para diagnosticá-lo corretamente como primário.
Primary cervical melanoma is a rare and often challenging diagnosis, particularly in the presence of amelanotic lesions, where confirmation should be made through immunohistochemical methods. Despite aggressive treatment, the prognosis for this disease is typically poor. Case Report: A 79-year-old woman with a history of vaginal bleeding from a malignant cervical lesion. Initially, colposcopy examination revealed an ulcerated lesion of the exocervix, and biopsy confirmed a malignant neoplasm. However, following a radical abdominal hysterectomy, histopathological examination displayed a malignant epithelioid neoplasm, confirmed a malignant melanoma of the cervix through immunohistochemical assays. The patient received adjuvant chemotherapy and radiation therapy, but eventually experienced recurrence and died. Conclusion: The present report assesses a patient with an uncommon diagnosis of cervical melanoma, which, despite aggressive treatment, had an unfavorable outcome. However, thorough skin surveillance should be performed to correctly diagnose it as primary